
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a pandemia da COVID-19 pode aumentar os fatores de risco para suicídio.
Já sabemos que o coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas, mas alguns estudos recentes mostram um aumento da angústia, ansiedade e depressão, especialmente entre os profissionais de saúde.
Somadas às questões de violência, transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias e sentimento de perda, tornam-se fatores importantes que podem aumentar o risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.
Nas Américas, estima-se que cerca de 100 mil pessoas cometam suicídio todo ano, de acordo com o último dado disponível, de 2016. A maioria dos suicídios na região ocorre em pessoas entre 25 e 44 anos (36%) e entre 45 e 59 anos (26%). As maiores taxas de suicídio das Américas estão na Guiana e Suriname.
Assim como no resto do mundo, os casos de suicídio nas Américas são mais comuns entre os homens, correspondendo a cerca de 78% de todos os registros. Nos países com maior renda, o número de homens que cometem suicídio é três vezes maior que entre as mulheres. Já nos países de baixa e média renda, a taxa é de 1,5 homem morto por essa causa para cada mulher.
Renato Oliveira e Souza, chefe de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OPAS, destaca que “Neste ano de 2020 nos encontramos em circunstâncias muito inesperadas e desafiadoras devido ao enfrentamento da pandemia da COVID-19. O impacto do novo coronavírus provavelmente afetou o bem-estar mental de todos. E é por isso que neste ano, mais do que nunca, é fundamental que trabalhemos juntos para prevenir o suicídio”. É muito importante que as pessoas estejam conectadas umas às outras, atentas aos sinais de alerta e a como reagir para prevenir o suicídio. Mesmo nestes momentos de maior distanciamento físico, as pessoas podem manter vínculos sociais e cuidar da saúde mental.
Fonte: OPAS Brasil
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