
Conhecida popularmente como "o hormônio do amor", a Ocitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e liberado na nossa corrente sanguínea. Está intimamente ligada às sensações de felicidade e prazer e, dentre os inúmeros hormônios que o nosso corpo produz, a Ocitocina tem papéis importantíssimos, podendo afetar, inclusive, nossa qualidade de vida.
Esse hormônio faz parte do grupo dos "neurotransmissores da felicidade", que são relacionados às sensações de bem-estar, estresse, ansiedade e depressão. Uma série de efeitos físicos e psicológicos da Ocitocina já foram constatados, como a facilitação do parto normal e da amamentação em mulheres, o apego entre pais e filhos, o aumento do prazer sexual, a melhora das habilidades sociais, a redução do desejo por drogas, o alívio do estresse, a indução do sono, a promoção da generosidade e, por fim, o fortalecimento de relacionamentos amorosos.
Sabe-se que a Ocitocina está diretamente relacionada com o comportamento emocional dos indivíduos e a forma como eles se mantém engajados com a vida. Além disso, esse hormônio provoca um profundo estímulo parassimpático que aumenta a capacidade afetiva natural dos seres humanos. Portanto, a Ocitocina é capaz de influenciar tanto o nosso comportamento como também a criação de memórias, o reconhecimento, o apego, a generosidade, a empatia, entre outros comportamentos ligados às interações sociais. Pessoas portadoras de transtornos do déficit de atenção, hiperatividade, autismo, esquizofrenia e outras debilidades ligadas ao sistema neurológico, por exemplo, são condutores de níveis baixíssimos de ocitocina.
Como esse hormônio está ligado ao desenvolvimento de confiança, os indivíduos passam a ter mais segurança ao se aproximar de outras pessoas, além das percepções das expressões emocionais e sensibilidade também serem beneficiadas com o aumento da ocitocina. Quando esse hormônio está em falta, o corpo humano pode apresentar sinais de instabilidades mentais e físicas, como a palidez, a dificuldade em sorrir, diminuição da libido, da função cognitiva, da memória e da atenção, distúrbio do sono, diminuição da capacidade de ejacular e de chegar ao orgasmo (nas mulheres), incapacidade de amamentar, mesmo quando os seios estão cheios de leite, entre outros.
Hoje em dia, já é possível comprar a Ocitocina sintética, que é semelhante à natural e administrada tanto para promover a contração uterina durante o parto normal (quando o corpo da mulher não produz o hormônio em quantidade suficiente ou para estimular a sua produção) quanto para melhorar os sintomas de quadros psicológicos, como depressão, transtorno de ansiedade generalizada e fobia social, por exemplo.
No entanto, existem alimentos que estimulam a produção natural deste e de outros hormônios que produzem sensações de bem-estar, felicidade e bom humor, como o chocolate, as oleaginosas (como castanhas, avelã e pistache), banana, folhas verde-escuras e algumas proteínas (especialmente ovos e frutos do mar).
Fonte: Vittude e Longevidade Saudável
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