
Já vimos por aqui que a Saúde Mental está relacionada à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções como a alegria, tristeza, felicidade, raiva, frustração, satisfação, entre outras. No entanto, é muito comum a confusão entre os termos Saúde, Transtorno e Doença Mental, mas lê-los com cuidado é o suficiente para compreendê-los.
Resumidamente, o primeiro termo refere-se à saúde e, os outros, à ausência dela. Quando falamos de Transtorno Mental, nos referimos a uma trajetória de diagnóstico muito variada de pessoa para pessoa, multifatorial e com diversas formas de tratamento. Já quando falamos de Doença Mental, temos causas mais específicas, padrões de sintomas e medidas terapêuticas padronizadas, bem como outros tipos de doenças, por exemplo as cardíacas.
Muitos chamam as Doenças Mentais de loucura, sendo esse ato na verdade, um preconceito. Historicamente, o sujeito considerado “louco” é afastado, enclausurado e tido como aquele que não compartilha da “mesma realidade” que os outros. A loucura, por muito tempo, esteve associada às questões metafísicas de forma negativa, relacionada ao mal, ao descontrole, ao diferente. E, ainda hoje, questões relacionadas à saúde mental ocupam um lugar nebuloso.
Por não estar apenas no corpo mas também relacionada ao meio em que vivemos, muitas vezes a saúde mental é vista como uma fraqueza, algo que poderia ser superado pela pessoa, mas que ela escolhe não fazer. Grande parte da sociedade ainda se recusa a aceitar que a depressão, por exemplo, é uma doença. E conceitos como saúde e doença são pouco ampliados. Ter saúde, não significa necessariamente não ter nenhuma doença.
Até hoje, preconceito e julgamento estão presentes na nossa sociedade. Muitas pessoas não querem ser reconhecidas no lugar daqueles que têm transtornos mentais, com o risco de serem vistos como fracos, descontrolados e loucos. No caso de crianças então, a família se sente muito culpada e exposta.
Atualmente, boa parte da população está deprimida e ansiosa, mas não está internada, pois ainda conseguem se submeter ao funcionamento da sociedade e frequentam o trabalho, a escola e outros lugares sem grandes alardes. Falar sobre o tema, propor debates, tentar entender que cada um tem seu jeito e seu tempo e construir formas de convivência que não afastem quem é “diferente” são formas de COMBATER O PRECONCEITO.
No mundo adulto, precisamos ser o tempo todo muito bons em tudo. Seja no trabalho, na família, na academia ou nos estudos. E a realidade não é essa, TODOS temos fraquezas e vulnerabilidades. Precisamos nos permitir sofrer quando é necessário e também reconhecer o sofrimento do outro.
Fonte: einstein.br
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